Sala Precisa

I just wanna be by your side


Não é fácil encontrar uma pessoa em um castelo tão grande, ainda mais se você não faz a minima idéia de onde ela pode estar. Quero dizer, as possibilidades são imensas e eu já tinha procurado nos lugares mais prováveis e estava me dirigindo para a biblioteca quando sem querer, choquei-me com Amélia, que educadamente fez questão que eu apenas a chamasse de Mia. Era até estranho ter que admitir que alguém tão popular pudesse ser tão normal. Digo, geralmente essas pessoas são metidas e ate chegam a tratar os outros com algum despreso, as garotas, ao menos, são assim. Somente algumas, ou grande parte, não posso generalizar, até porque a pouco tempo atrás, eu estava com uma que era bem diferente de metida ou exibida. Amélia é legal, por isso é popular. Enfim, depois de deixar Lovegood a levar para a ala hospitalar por causa de um pequeno acidente, em que ela torceu o tornozelo, e eu lembrei-me de que estava procurando por Remus.

Depois de ter perguntando a lufana se ela o tinha visto, e recebendo uma resposta negativa, conclui que Rem poderia estar no salão comunal com Sirius, James e Peter. Porém, assim mesmo, passei na biblioteca, apenas para ter certeza e permaneci lá por alguns minutos quando não achei Lupin.

Por ter olhado metade do castelo, resolvi ir até o corujal e deixar Shapira o procurar em meu lugar. Ela estava parada, junto as outras corujas do castelo, porém identifica-la era a parte mais fácil devido a sua cor.



Olhei mais uma vez o pequeno pedaço de papel rabiscado com minha caligrafia antes de prende-lo no pé da coruja, que logo passou voando pela janela. Quando finalmente ela desapareceu do meu campo de visão, retirei as mãos do parapeito da imensa janela e virei-me e tomei o rumo para a sala precisa.

Ápos passar algumas vezes em frente a parede em que a passagem para a sala era guardada, ela revelou-se. Estava silênciosa, e algumas poltronas coloridas se encontravam ao centro. Soltei minhas coisas no chão e fiquei a observar a imensidade de objetos que esta alí. Agora só me restava esperar.

More than Words

---

Após me separar de minha "irmãzinha" Lily, me encaminhei para o Salão Comunal da Grifinória, pretendendo dormir um pouco, pois tinha passado praticamente toda a madrugada acordado, devido aos acontecimentos noturnos da noite anterior.

Desabando em minha cama sem sequer me trocar, adormeci quase instantaneamente, em um sono um tanto quanto reparador.

Entretanto, a sorte parecia estar contra mim naquele dia, já que uma coruja batia em na janela de meu quarto, no momento, vazio. Me levantando a contra-gosto, abri a janela, sentindo uma leve brisa bater em minha face, enquanto a pequena coruja entrava e sobrevoava a minha cama.

Suspirando profundamente, me locomovi em sua direção, pegando a carta de sua perna e soltando-a livremente para o céu novamente. Sem nenhuma vontade, abri o pergaminho, lendo seu conteúdo com mal-humor.

Citação :

"Rem, estou indo para a sala precisa, pode me encontrar lá?"

Como que por mágica, meu sono e meu mau-humor desaparecera, mas o sentimento de culpa voltara com força total. Sabia que estava fazendo algo errado com ela, mas eu tinha que esquecer Phantom. Em especial depois de nosso último encontro, onde ele se encontrava com o mesmo grupo que atacara a mim e a Jane na casa dos Gritos.

Balançando a minha cabeça, tratei de tirar estes pensamentos de minha mente e peguei uma roupa, indo tomar um banho, já que eu estava todo suado graças a aula de vôo que eu dera a Lilian.Minutos mais tarde, já vestido com uma calça jeans e uma camiseta azul, saí em disparada para me encontrar com Jane Gawer, minha atual namorada. Estava ansioso, já que desde o dia anterior eu não a via, além de estar preocupado por não saber se tudo havia corrido bem depois que eu tinha saído da festa.

Correndo pelos corredores do sétimo andar, eu esbarrava em algumas pessoas, até chegar ao local do encontro. Suspirando profundamente, passei algumas vezes em frente dela, surgindo uma porta.Sem hesitar,abri a porta, querendo saber o que estava reservado a mim naquele momento pelo meu destino.

Assim que abria a porta, um local repleto de sofás coloridos se revelava e, sentado em um deles, estava ela: Jane Gawer. Ao vê-la sã e salva, pude me sentir mais leve, sem o sentimento de culpa que eu tinha tido anteriormente. Com um sorriso em minha face, caminhi-me até ela, sentando-se ao seu lado.

- Boa tarde, Jane, querida...- disse, enquanto beijava sua face.

---

Baby I'm amazed what I feel for you


Ficar sentada apenas olhando ao redor com um silêncio sepulcral não era algo que realmente me incomodava, eu até preferia que fosse assim. As vezes um lugar tranquilo nos faz bem, nos dá tempo para pensar, refletir ou apenas relembrar, coisas impossiveis se o ambiente te proporciona barulho, agitações ou, até quem sabe, problemas para resolver. Outro lugar assim, quieto e agradavel, era a biblioteca, mas lá os objetivos eram totalmente diferentes, não nos levava a fazer um flashback de tudo o que já tinha vivido.

Não sabia ao certo se isso era bom ou ruin, quero dizer, as vezes nossos pensamentos nos levam para coisas que não gostariamos de lembrar e acaba por nos desestruturar um pouco, mas nunca há nada demais em águas passadas.

Não demorou muito para que eu escutasse o ruido que a porta produzia quando era aberta. Não que não tivesse demorado de fato, mas o tempo passa mais rápido quando estamos distraidos olhando objetos que não fazemos idéia do que pode ser ou apenas nos perdendo em pensamentos.

- Boa tarde, Jane, querida...

O sorriso em meu rosto já tinha se revelado no momento em que Rem caminhava até mim e digamos que ele ficou mais visivel quando o garoto beijou o meu rosto e sentou-se ao meu lado. Chega a ser estranho como pequenos gestos nos fazem sentir melhor e até mesmo desviam nossos fluxos de pensamentos como que se em momento algum eles existissem.

- Boa tarde. - disse em um tom quase inaudivel, enquanto delicadamente acariciava o rosto de Rem. Eu podia dizer que hoje o silêncio estava me agradando, mas eu não pensava na possibilidade de que o preferisse ao inves de ter alguem que eu amo ao meu lado. Tais pensamentos fizeram com que eu sentisse meu rosto corar e, instantaneamente desviei os olhos do rosto de Rem para as minhas coisas jogadas ao chão. Era bobo, eu sei, mas eu não pude evitar que eu ruborizasse ao olhar para ele, querendo ou não, ainda era o nosso primeiro dia de namoro. Eu ainda tinha que acostumar com isso. - Então, o senhor quer me explicar onde estava a manhã inteira?

Encaracolei uma mecha do meu cabelo com as pontas do dedo, enquanto esperava que a minha face parasse de queimar. A pergunta que eu acabara de fazer não tinha nenhum fim repreendor ou que envolvesse algo do gênero, era apesas a primeira coisa que veio em minha cabeça, afinal, eu o tinha procurado a manhã inteira e por não encontra-lo é que estava aqui agora e, o assunto também serviria para disfarçar o rosto ruborizado, assim eu esperava.

There are no secrets to be told



Eu encaracolava uma mecha do meu próprio cabelo, com o rosto ainda um pouco ruborizado enquanto olhava em direção aos meus objetos jogados ao chão numa tentativa de desfarçar a vermelhidão no rosto. Não somente por querer puxar assunto, mas de fato por querer mesmo saber, perguntei-lhe onde estivera a manhã inteira, uma vez que não o havia encontrado em lugar nenhum.

- Sinto muito, mas não posso contar-lhe... - ele começou, e agora era a vez dele de ter o rosto avermelhado pela vergonha. Sorri ao ver essa cena, mesmo achando estranho essa coisa de não poder contar. Quero dizer, eu não gostava do fato de ele guardar segredos, isso pra mim até soava como desconfiança. Mordi o lábio inferior, indecisa se deveria questiona-lo ou não. Abri a boca pra perguntar o motivo do segredo, mas ele falou antes que eu pudesse começar.- Espero que entenda, mas fiz uma promessa a Lily que eu não contaria a ninguém sobre o que fizemos esta manhã...

Ah, então era sobre Lilly! Quero dizer, eu sabia que Rem e ela eram amigos, e é normal amigos terem segredos. Se era uma promessa, de certo que ele ão iria querer quebra-la. Por mais que eu estivesse curiosa, eu respeitava essa decisão. portanto não tinha segredos para serem contados.

- Eu entendo, mas somente por ter sido a Lilly a quem você prometeu. - falei, olhando nos olhos dele, com uma expressão séria para depois esboçar um sorriso um tanto sapeca e colocar os pés em cima do sofá.

- E você... O que fez esta manhã, que não pude te encontrar nas alturas?
Inclinei um pouco a cabeça, confusa. Do que ele estava falando? "Encontar nas alturas", isso tinha um sentido bem... A expressão confusa foi substituida por risos abafados de quem finalmente tinha entendido o que a frase significava, mas tinha a levado primeiro para outro lado.

- Rem, amor, presta atenção no jeito que você formula as frases que vai falar! - exclamei, achando graça e ficando de joelhos em cima do sofá para depois praticamente me jogar em cima dele e o beijando logo em seguida. Assim que parti o beijo, voltei a sorrir e começei a passar a mãe delicadamente pelo rosto dele, eu simplismente gostava de fazer isso - Passei grande parte da manhã com a Marlene e com o Gildeon, depois sai em sua procura e topei com Amélia no caminho, na verdade eu esbarrei nela, ou ela esbarrou em mim, não sei, ficamos conversando um pouco até ela ir para a ala hospitalar...